sexta-feira, 8 de abril de 2011

Crises de birra

Crises de Birra – O que fazer?





As crises de birra são caracterizadas por um comportamento explosivo, tempestuoso, em que a criança chora, grita, dá pulinhos no mesmo lugar, esperneia, joga-se e espoja-se no chão, dá socos, pontapés, joga objetos.

As crises surgem a partir de um ano de idade, porém, mais frequentemente, a partir do segundo ano. Antes alegres, sorridentes, simpáticas, agradáveis, essas crianças, de um momento para outro, passam a ter essas reações frente a negativas ou exigências feitas pelos pais ou familiares, para intimidá-los e conseguir seus objetivos.

A frequencia das crises está relacionada com a atitude tomada pelos adultos. Se os pais se intimidam – já que a finalidade única é submetê-los aos desejos e às vontades dos filhos –, com receio de prejudicá-los ou aumentar seu sofrimento, provavelmente as crises se repetirão e serão mais intensas quanto maior for a preocupação dos pais. Alguns desses episódios são de tal intensidade que são denominados de “reações catastróficas”, deixando os pais pasmos, perplexos, impotentes e apavorados.

Frequentemente, os pais deixam de tomar uma atitude firme por vários motivos, que vão desde pensar que a criança possa sofrer algum dano físico ou emocional, por respeito ao vizinhos, para evitar que pensem que o filho esteja sendo espancado, ou até por comodismo. Às vezes, os pais enfrentam a batalha e tentam resolver “na raça”, o que também não dá certo.


Então, o que fazer? Em primeiro lugar, convencermo-nos de que a birra não acarreta nenhum dano físico, mental ou emocional à criança; que ceder a seus caprichos é tão nocivo quanto reprimir o episódio com violência; que será bom manter uma atitude de tranqüilidade, às vezes até de indiferença, que demonstre à criança que ela não irá conseguir o que deseja usando esse tipo de artifício; que deverá ficar com a criança durante a crise alguém capaz de não interferir no processo, mantendo uma atitude calma e tranqüila; que, em hipótese alguma, a criança poderá sofrer agressões físicas (tapas, palmadas, beliscões), receber jatos de água fria, ser repreendida com gritos e ameaças; que a contenção só deverá ser usada em casos de risco, que são muito raros, tomando-se o cuidado de explicar-lhe em tom manso e carinhoso, por que estão sendo restringidos seus movimentos.


Quando estamos bem equilibrados, seguros de que amamos nossos filhos e os tratamos bem, torna-se fácil controlá-los, usando como armas o afeto, o carinho e a firmeza. Quando começam a choramingar, devemos dizer “nada de choro!”, em tom firme, porém sem raiva. Temos de ensinar-lhes que choro contumaz e birra não vão levar a nada e que seria melhor que eles poupassem o fôlego e a saliva. Embora o choro de malandragem, para conseguir as coisas, seja facilmente reconhecido, é preciso não esquecer que existem doenças que tornam as crianças mais choronas. Nos raros casos de dúvida, o pediatra deverá ser consultado.

3 comentários:

  1. Dra. Juliana,

    Meu filho tem 3 anos e está com crises de birra frequentes, e faço todas as vezes o q a sra propõe, trato com firmeza, converso com ele, e o melhor resultado q tive é qdo ignoro a birra, porém só posso fazê-lo qdo acontece em casa, mas a maioria das vezes acontece em local público, não sei o pq ele começou com isso, pois ele tem o "cantinho da disciplina", não faz tudo o q quer, tem os limites, começou de uns 15 dias para cá, ele ainda não vai na escola, será q qdo começar a ir vai melhorar? o pediatra dele falou q sim, mas tenho muito receio disso. Me dê mais algumas dicas, pois qdo ele entra em crise da birra ele não ouve nada, somente esperneia e grita.
    obrigada.

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  2. Oi Kátia,tenha muuuuuuita paciência,pois parece que não mas essa fase está quase passando.Quando entrar na escolinha vai melhorar um pouco,mas por enquanto ele acha que é o centro do universo e isso é saudável...Tudo que está fazendo é correto,continue firme que um dia você colherá os frutos.
    Quando estiver em público experimente contê-lo firme em seu colo e diga o quanto está trite com aquela atitude que não combina com o menininho lindo e educado que é.Com meus meninos funcionou.Bjs

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  3. Dra Júlia, minha filha completará um ano esta semana e começou a fazer birra. A forma mais frequente de manifestação é chorar sem som prendendo a respiração até ficar roxa e desmaiar

    Duvidas:

    . Existe alguma técnica para interromper este ato quando ele se inicia evitando o desmaio? Minha impressão é que ela perde a capacidade de ouvir. Já tentei o abraço também e não funcionou

    - quando começa a ficar roxa, a viramos de bruço no colo e damos tapinhas nas costas para voltar a respirar. É o correto? Ela conseguiria voltar sozinha?

    - li no site do baby Center que este comportamento pode sugerir uma deficiência em ferro. Procede?

    Nosso filho mais novo nasceu há 15 dias e estes eventos ficaram muito frequentes (ciúmes). Isto tem nos deixado muito preocupados em gerar consequências piores pelo sufocamento e desmaio.

    Agradeço muito o retorno

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